Burnout em alta: Estratégias de liderança para promoção da saúde mental no trabalho
Da redação @MundoRH
Com a crescente onda de transtornos mentais no ambiente corporativo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que a síndrome de burnout resultou no afastamento de 30% dos trabalhadores no último ano. Este cenário, agravado desde 2019, tem quase 1 bilhão de pessoas no mundo enfrentando desafios de saúde mental.
Em 2022, a OMS categorizou o burnout como uma doença ocupacional, destacando a necessidade urgente de soluções no ambiente de trabalho. Dados mostram que um quarto das empresas afastaram colaboradores por problemas relacionados à saúde mental nos últimos 12 meses.
Lucimara Mendes, Head de Pessoas e Cultura da Nexti, enfatiza a responsabilidade dos gestores em detectar sinais de esgotamento mental. Queda no desempenho, isolamento, atrasos frequentes e conflitos interpessoais são frequentemente indicativos de que o colaborador pode estar necessitando de apoio.
Fomentar um ambiente corporativo saudável vai além de garantir um espaço físico adequado. É imperativo construir uma cultura que valorize a segurança psicológica, permitindo flexibilidade de horários e promovendo uma comunicação aberta e transparente. Estas medidas não só beneficiam o bem-estar dos colaboradores, mas também refletem positivamente na produtividade, retenção de talentos e engajamento da equipe.
Dentro das ações recomendadas por Lucimara, estão: estabelecer metas SMART para reduzir a ansiedade, promover intervalos regulares para revitalizar a energia, manter canais de diálogo constantes, e usar a tecnologia a favor da simplificação de processos. Além disso, apoio profissional por meio de planos de saúde e terapias psicológicas são fundamentais.
Para Lucimara, “é vital buscar um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. Lideranças capacitadas, com habilidades de escuta ativa e sensibilidade, são indispensáveis para identificar sinais muitas vezes sutis de problemas de saúde mental”.