O Brasil é o campeão dos casos de depressão na América Latina, com quase 6% da população, segundo dados da OMS
A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) estará presente na 48ª edição do Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (CONARH), com uma palestra sobre “Saúde mental no trabalho: como a neurociência pode lhe ajudar?”. A conferência será no dia 19 de abril, no auditório do Mackenzie, com a participação do professor Fábio Alves Carvalho, palestrante convidado.
Desde o século passado, as pesquisas em Neurociência têm influenciado diferentes áreas do conhecimento humano. Inclusive, disciplinas importantes dentro das organizações como o Marketing, a Economia e o RH têm se beneficiado com seus achados. Neste encontro, será feito um breve relato desta história e de brilhantes pesquisadores que trouxeram valiosas contribuições para a construção do pensamento científico de nossa época, como Ramón y Cajal, Erik Kandel, Daniel Kahneman, Richard Thaler, entre outros.
Contudo, o recente contexto pandêmico acendeu ainda mais o alerta sobre nossa saúde mental, porque houve um aumento expressivo nos relatos de crises de ansiedade e sintomas depressivos dentro da população. O Brasil é o campeão dos casos de depressão na América Latina, com quase 6% da população, segundo dados da OMS. Além disso, houve um aumento significativo nos registros de Transtornos de Ansiedade, com mais de 18 milhões de pessoas. Combinado a isto, o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial proeminente e no Brasil, em 2017, a população de idosos superou a marca de 30 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE.
Como então a Neurociência pode nos ajudar? De diferentes formas, como por exemplo, conhecer como o cérebro dos colaboradores podem ter suas funções cognitivas prejudicadas por tais fenômenos: memória, a atenção, a velocidade de processamento das informações, emoções e o tão privilegiado funcionamento executivo (flexibilidade mental, estratégias de planejamento, tomadas de decisão, etc).
Além disso, que tal conhecermos algumas estratégias que podemos ensinar aos nossos colaboradores para lidar melhor com ambientes estressores e minimizar os impactos destes sobre a fisiologia e a cognição? E que tal pensarmos em um estilo de vida que seja mais neuroprotetora e que possa minimizar, no longo prazo, algumas tendências genéticas sob a influência de um contínuo ambiente estressor?
Com estas e outras questões é que gostaria de convidá-lo para estar presente neste dia para conversarmos um pouco mais sobre como a Neurociência pode ajudar você e outras pessoas a ter uma qualidade de vida melhor no trabalho.
Fábio Alves Carvalho é graduado em Psicologia pela UNESP