Por Lilian Giorgi, diretora sênior de Recursos Humanos da Alvarez & Marsal Brasil
Na segunda semana de fevereiro, estive numa imersão profunda em Filosofia Clínica com o filósofo Beto Colombo, que além de ser um apoio fundamental dentro da Alvarez & Marsal, é um amigo muito querido.
Estive por alguns dias em Jurerê, Santa Catarina, e mergulhei no tema, para descobrir que temos tanto para aprender, se conhecer mais e cada vez melhor. O quanto você sabe sobre você mesmo? O quanto ainda precisa aprender? E como lidar com as situações difíceis ou com as pessoas ao nosso entorno?
Experiências como essa fazem parte do programa de liderança da A&M. Cada vez mais, a Filosofia Clínica vem ganhado espaço dentro da nossa firma por nos ajudar a encontrar um bem-estar existencial e uma segurança psíquica valiosa para nós.
Como o Beto diz, existem várias formas de encontrar o bem-estar existencial. Pode ser pela música, arte, literatura, esporte. Atividades que, pela ajuda terapêutica, são grandes aliadas na alfabetização existencial. No meu caso, o que me ajuda a sair desse mundo mecânico e ir para o mundo autogênico é a pintura. Com minhas aquarelas, eu consigo equilibrar e gerenciar todos os pratinhos, e sentir o bem que isso me faz.
Aprendi que cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Se você sente que alguma questão o preocupa excessivamente, se anda descontando isso em alguns maus hábitos, se percebe mudanças na sua rotina, no trabalho ou nas relações interpessoais, ou se tem excessivas mudanças de humor, observe esses indícios e não se deixe para depois. Não hesite em se conhecer, em ser especialista em você mesmo! Esse mergulho interno só trará benefícios, pode apostar.
Nosso corpo também precisa ser trabalhado, assim como a mente. E eu pude vivenciar esses dois mundos na prática. Fizemos caminhadas terapêuticas, subimos em pedra, tomamos banho de mar, observamos a natureza em sua grandiosidade e a cada caminhada eu sentia o clarear de ideias. Foi aí que me dei conta. Não é à toa que pessoas saem para dar uma volta quando estão confusas e querem pensar melhor em soluções. Isso realmente ajuda!
Filósofos como Immanuel Kant eram adeptos de caminhadas regulares para compor suas obras ou mesmo espairecer de seu universo, por exemplo. A ciência atual assina embaixo: caminhar interfere no raciocínio, na memória e até na criatividade.
Numa pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, 176 estudantes foram colocados para fazer testes de pensamento criativo enquanto sentavam, caminhavam em uma esteira ou pelo campus. No geral, todos apresentaram maior capacidade de resolução e inovação enquanto andavam.
Caminhar estimula o livre fluxo de ideias, e é uma solução simples e robusta para objetivos como aumentar a criatividade e a atividade física.
E você? Já se conectou com você mesmo?