Correndo contra o relógio: A loucura de setembro e as resoluções (ainda) não cumpridas
Ah, setembro! Aquele mês que, sorrateiramente, vem nos lembrar de que o ano está em seu último trimestre. E não é só a natureza que nos dá indícios disso, com suas folhas começando a se despedir de algumas árvores. É o nosso desespero interno, que começa a gritar: “Opa, e aquela lista de resoluções de Ano Novo? Será que sobrou algo dela além do papel amassado no fundo da gaveta?”
A bem da verdade, setembro é o mês dos despertos. Os apelos vão desde “o ano voou, né?” até os famosos “só faltam 3 meses!” e, minha favorita, “já comprou os presentes de Natal?”. Sim, porque tem sempre aquele precavido que começa a estocar os presentes de Natal em setembro, enquanto muitos de nós ainda estamos tentando cumprir as promessas feitas na virada do ano.
A cena é quase cinematográfica. No escritório, a turma da contabilidade começa a calcular (não os impostos, mas as chances de bater as metas do ano). O pessoal do RH já pensa na festa de final de ano – em setembro, porque claro, tem que reservar o salão! E os vendedores… Bem, eles parecem ter tomado umas três doses extras de café, correndo de um lado para o outro, tentando fechar todas as vendas possíveis.
Mas as metas pessoais? Ah, essas são as melhores. Lembra daquela resolução de começar a academia? Pois é, os ginásios ficam lotados em setembro. Não porque todo mundo de repente se tornou fã de fitness. Mas porque há uma esperança secreta de que, se nos matarmos de malhar em setembro, outubro e novembro, teremos o corpo dos sonhos a tempo de arrasar no verão. E a dieta? Ah, a dieta do mês do “desespero” é aquela mais rigorosa que você já viu. Três folhas de alface, dois tomates cereja e um suspiro – não o doce, mas o suspiro de desespero mesmo.
E os cursos online? Aqueles que compramos em uma promoção de janeiro e deixamos “maturando” no e-mail? Pois setembro é o mês de maratonar todos eles, na vã esperança de adicionar algumas habilidades no currículo antes de dezembro.
No final das contas, setembro é quase um segundo janeiro. Com uma diferença: em vez de otimismo pelo que está por vir, temos uma mistura de ansiedade e determinação para correr contra o tempo. E é nessa mistura maluca que, entre risadas e desesperos, acabamos percebendo que o melhor mesmo é viver um dia de cada vez.
E que venha outubro! Porque depois de tanto esforço setembrino, merecemos um descanso… Ou pelo menos uma pausa para planejar como serão os próximos (e últimos!) meses de 2023.