Mariana Deperon, sócia-diretora da Travessia – Estratégia em Inclusão, acaba de lançar o pocket book independente intitulado ‘Eu, Impostora?’ – uma reflexão autoral sobre a Síndrome da Impostora, sua origem, dinâmicas e efeitos para as mulheres.
“Estudo a fundo a Síndrome da Impostora desde 2015, quando me deparei com conteúdos acerca do tema das psicólogas norte-americanas Pauline Clance e Suzanne Immes, que identificaram o fenômeno. Quando li o trabalho delas, tudo parecia ter sido escrito para mim. Eu me via ali como sabotadora do meu eu e impostora mesmo diante das minhas glórias acadêmicas e profissionais acumuladas com anos e anos de estudo e devoção ao trabalho. Deixei de me sentir tão sozinha quando me dei conta de que a Síndrome da Impostora era vivenciada por outras pessoas, especialmente mulheres, e confesso ter sentido um alívio. De lá para cá, mergulhei nesse universo e não parei mais de pesquisar. Da mesma forma que encontrei conteúdo sobre este tema, o que fez muito bem para mim, meu objetivo com este livro é despertar nas mulheres o que senti anos atrás e ajudá-las”, comenta a autora.
A Síndrome da Impostora é o nome dado a sentimentos que muitas mulheres vivenciam ao longo da vida profissional e/ou acadêmica, relacionado à crença de que não são boas ou inteligentes o suficiente, o que faz com que desmereçam suas conquistas atribuindo o sucesso a fatores externos, como sorte ou, pior ainda, por acaso ou engano.
A obra, que conta com 84 páginas, é destinada a todas as mulheres que vivem ou já viveram a Síndrome da Impostora. “Sim, mulheres, nós nos sabotamos muito! Às vezes, diariamente. Não apenas por causa da Síndrome da Impostora, mas por todo o contexto de desigualdade de gênero que permeia nossas vidas, ou seja, o sistema patriarcal. Meu maior desejo é que as mulheres possam ser o que são, sem rótulos e que se empoderem dos seus feitos, sem atribuir a terceiros as suas conquistas”, complementa Mariana.