Head de tecnologia e top voice no LinkedIn, João Gabriel destaca pontos à serem observados no cuidado da saúde mental
O estresse e a fadiga mental foram fatores potencializados com a chegada da pandemia ao país, afetando profissionais de todas as áreas, e principalmente os de tecnologia. Uma pesquisa realizada pela plataforma Blind, em maio deste ano, indicou que 73% dos 6.789 profissionais de tecnologia entrevistados se consideram esgotados por inúmeros motivos. Deste percentual, 26,7% afirmam que não conseguem se dividir entre a vida pessoal e o trabalho.
O isolamento social, home-office e as longas jornadas de trabalho, muitas vezes ultrapassando 12 horas diárias tornaram o esgotamento profissional, ou popularmente conhecido hoje como “Síndrome de Burnout”, em intenso debate sobre as condições impostas aos trabalhadores e suas
“A gente precisa entender os sinais que o corpo dá, se está chegando em um ponto que começamos a falhar em nossas funções, a partir desta situação, é necessário se conscientizar sobre sua saúde mental, mas principalmente buscar ajuda profissional de psicólogos e terapeutas ” afirma João Gabriel, Head de Tecnologia da Ideen.
Trabalho se tornou mais complexo durante a pandemia
O contexto apressado em que os profissionais passaram a ser demandados com a aceleração da estruturação digital que as empresas foram obrigadas a passar, tornou ainda mais complexo o trabalho dos profissionais de TI no período pandêmico e de pós-pandemia.
Em estudo realizado pela AppDynamics com 1050 profissionais, 83% dos avaliados, afirmam que o trabalho se tornou mais difícil durante os últimos dois anos, enquanto 75% relatam que a pandemia criou uma maior complexidade no trabalho exercido.
O acúmulo de trabalho aliado a aceleração dos projetos construiu uma perigosa tendência entre os profissionais de tecnologia, para isso, muitos deles passaram a estender jornadas, trabalhando de madrugada e fins de semana, com a finalidade de cumprir com os prazos e compromissos necessários.
“Em alguns casos, os profissionais de tecnologia são forçados a trabalharem por muito mais horas do que o combinado, com a finalidade de cumprir prazos e metas estabelecidos pelas empresas, e isso prejudica a saúde mental destes indivíduos”, explica o desenvolvedor.
Comunicação como chave para diagnóstico
Uma comunicação direta entre funcionários e supervisores é essencial para diminuir as chances de eventuais complicações por conta do desgaste mental proporcionado pelo trabalho.
Funcionários devem aos primeiros sinais de desenvolvimento da síndrome buscar ajuda de profissionais, como psicólogos e terapeutas. As empresas precisam também estar atentas aos indícios para instruir estes profissionais, com o objetivo que estas situações não se desenvolvam em problemas piores no futuro.
“As empresas devem ter essa empatia de enxergar quando os profissionais estão apresentando sinais de esgotamento, assim como auxiliá-los na procura por ajuda e fornecer todo o suporte necessário” finaliza João.