A necessidade dos RHs potencializarem suas forças de trabalho
A Pesquisa Nacional de Engajamento nas Empresas, realizada pela consultoria de engajamento Santo Caos entre setembro e dezembro de 2015 com 150 companhias, sendo 54 delas do time das 58 empresas de capital aberto listadas no Ibovespa, verificou que 93% das grandes organizações brasileiras consideram o engajamento de funcionários e demais públicos uma prioridade para seus negócios.
O estudo, porém, mostra que 95% delas consideram desafiador engajar pessoas, e as empresas não sabem exatamente como promover o engajamento e precisam fazê-lo de forma urgente, pois em um panorama de crise, com demissões em massa e queda nos resultados, manter os colaboradores engajados, fidelizar clientes e criar embaixadores da marca são desafios centrais para líderes corporativos.
Surpreendentemente, o número de trabalhadores que não se envolve de maneira ativa é quase duas vezes maior que o de colaboradores engajados. O engajamento de colaboradores é visto como a principal responsabilidade das organizações de recursos humanos. No entanto, muitas delas, apesar de já terem implantado programas e pesquisas, não observam melhorias suficientemente rápidas, quando estas existem. Essas organizações são deixadas à própria sorte na busca do motivo pelo qual os colaboradores não se engajam mais e das medidas corretas a serem adotadas para ampliar o nível de engajamento.
Se olharmos ao redor e identificar alguma empresa em que os colaboradores são genuinamente felizes e produtivos, notamos de imediato que um dos fatores principais para esse engajamento são as pessoas. O RH e os executivos seniores podem agora desfrutar das vantagens de soluções que proporcionam uma colaboração social produtiva e engajadora para a empresa.
Muitas organizações estão procurando formas de se engajar mais diretamente e se comunicar mais efetivamente com sua força de trabalho em um mundo em que cresce o número de trabalhadores e a necessidade de conexões autênticas e transparentes.
A colaboração social nas empresas rompe os silos organizacionais, criando um alicerce social seguro em toda a organização. Esse alicerce pode ser usado para detalhar as mensagens, medir o ritmo, administrar equipes e projetos, trabalhar com parceiros internos e externos, encontrar especialistas e inovar mais eficazmente. Isso garante que os colaboradores tenham transparência e capacidade de formular questões e expressar sua opinião.
Para que as organizações possam potencializar suas forças de trabalho por meio do fortalecimento do engajamento dos seus colaboradores, de acordo com a especialista em carreiras e fundadora do Grupo DMRH, Sofia Esteves, o melhor caminho é o do propósito e da relação de confiança, pois quando o funcionário abraça sua causa, se reconhece como parte do negócio, com sentimento de dono, aí tudo fica mais fácil, e neste cenário é necessário que as organizações encontrem essa conexão por meio das relações do dia a dia, da cultura organizacional, assim o caminho mais curto, sem dúvida, é o da coerência entre o que se fala e o que se pratica. “Acredito que o papel da liderança deve ser de construção, pois é importante ter líderes engajados, que inspirem as equipes e que sejam corajosos para este ambiente tão dinâmico que vivemos no mercado de trabalho, e precisamos deixar o ego de lado e estarmos prontos para mudanças”, destaca.
Novas tecnologias em gestão de pessoas e o fortalecimento do capital humanos nas organizações
Na visão de Sofia Esteves, a tecnologia nos ajuda a realmente focarmos nosso tempo para o mais importante que é o desenvolvimento e o crescimento das pessoas, além de chegarmos nos resultados esperados para todos. Segundo ela, hoje conseguimos recrutar com mais velocidade, selecionar e avaliar remotamente os candidatos e também executar treinamentos online, por exemplo. A tecnologia contribui para darmos velocidade em executar as estratégias. Por meio de soluções oferecidas no mercado de tecnologia para a gestão de pessoas, hoje é possível reunir diversos grupos de trabalho, remotamente, por exemplo.
A especialista acredita que a conectividade e a flexibilidade no trabalho são o futuro e algumas organizações já estão vivendo e percebem esse cenário, uma vez que estamos cada vez mais trabalhando com sistemas de redes e colaboradores por projetos, e trabalhar remotamente nos permite integrar trabalho com vida pessoal e isso faz toda diferença.
O funcionário se sente cuidado, reconhecido e retribui de diversas formas com a organização. Mas o principal: contribui para que a cultura e os valores da organização sejam genuinamente praticados. Como resultado, temos desenvolvimento da autoestima, dedicação e atitude positiva frente a mudanças. “Um funcionário feliz com a sua organização traz resultados imensuráveis, não só pela produtividade, mas porque ele recomenda seu produto, seus serviços, sua organização, ou seja, é a melhor forma de trabalhar retenção e estratégia de marca”, garante a especialista em carreiras.