Por Mariana Maciel – líder de marketing de conteúdo na divisão agro da Bayer Brasil
Que atire a primeira pedra o profissional de marketing digital e comunicação que não tenha feito benchmark para buscar referências e inspiração para ações disruptivas. Essa busca normalmente acontece nas empresas que são super referências para todos os setores e contam com orçamentos milionários. Grandes multinacionais de bens de consumo, tecnologia e varejo são algumas das inspirações. “Venhamos e convenhamos” que com orçamento milionário o céu é o limite.
Mas quando voltamos para casa com nossos orçamentos limitados e alta liderança que às vezes não se sente muito convencida sobre as ações, tudo vira um sonho. Além disso, nessa volta a pergunta muitas vezes é: mas o que o nosso concorrente direto está fazendo?
O problema é que a grama do vizinho mais próximo talvez não se adapte ao nosso quintal e vai deixar todas as casas do bairro com o mesmo padrão, sem ninguém poder se destacar e gerar um valor diferente ao cliente que já pode estar cansado da mesmice. Além disso, se a ideia é fazer algo inovador naquele mercado, não é olhando para o vizinho que será diferente. Uma charge que circulou esses tempos trazia exatamente isso: “quero algo inovador, mas que já tenha sido testado antes. E me traga números”.
Mas tenho visto como uma boa alternativa buscar exemplos em empresas de menor porte e em setores completamente diferentes. Uma ação de endomarketing de uma empresa de cosméticos de médio porte pode trazer uma ideia para um projeto de conteúdo de uma startup. Como dizem por aí, nada é óbvio, então temos licença poética para desenhar uma solução com todo o repertório que acumulamos em nosso tempo de mercado e nesses benchs.
Talvez a grama mais verde não seja a do vizinho, mas esteja em outro bairro e seja de baixa manutenção. E ainda te traga ideias para uma horta. 😊