Por Tiago Machado , CEO da Rocketmat, especializada em soluções de inteligência artificial para a área de Recursos Humanos.
Ao longo de qualquer processo de contratação, os gestores de RH buscam reunir o máximo possível de informações relevantes sobre os candidatos. A questão é que os métodos tradicionais de conhecer os candidatos, como análise de currículos e entrevistas, muitas vezes não fornecem as melhores e mais detalhadas informações.
A aplicação da tecnologia nos processos seletivos ajuda os líderes a acertarem nas contratações, tornando a escolha para cada função muito mais afinada a cultura organizacional e as necessidades do respectivo departamento. É a tecnologia que irá apontar “caminhos novos”, trazendo insights para olhares viciados de dentro de cada companhia.
O recrutamento produzido com base em assessment pode ser um diferencial para gestores de RH, empresas e candidatos. Os testes estão entre os meios mais precisos de prever o desempenho (tanto soft quanto hard skills), pois podem determinar objetivamente até que ponto um candidato possui o conhecimento da função e as habilidades para ter um bom desempenho no cargo que irá ocupar.
Porém, o uso de testes tem causado grandes reclamações de candidatos, o que pode ser comprovado por diversas postagens feitas em redes sociais como o LinkedIn, por exemplo. Um levantamento recente, encomendado por um jornal de grande circulação, apontou que 30% dos candidatos aptos para uma vaga sequer realizam essas provas. E mais: antes de chegar nessa etapa, as empresas já perdem, aproximadamente, 20% dos profissionais disponíveis, que não são pré-selecionados por falta de informações no currículo disponibilizado.
Mas por que isso acontece?
Os RHs estão usando tecnologias para a contratação e produzindo questionários para fazer a filtragem de candidatos, porém, isso tem irritado muito os participantes de processos seletivos, pois, além de cansativos, bons postulantes estão sendo deixados de lado, devido a critérios subjetivos e tempo inadequado para o devido preenchimento. Isso gera grandes malefícios para a marca empregadora, em especial, no que tange a busca por vagas de alta competitividade. O uso desta tecnologia deve contribuir para que as seleções sejam mais justas, e baseadas nas reais qualificações de cada candidato, porém, o mau uso da ferramenta tem feito com que profissionais aderentes às vagas desistam no meio do caminho.
Com a Inteligência Artificial (IA) inserida no processo é possível tornar esse momento mais enxuto e objetivo. Empresas que passam do ponto, exageram nos questionários, tem a credibilidade de suas vagas criticada em redes sociais e perfis profissionais. A tecnologia é uma ferramenta que deve contribuir para tornar os processos seletivos mais simples, transparentes, justos e igualitários, na ótica do candidato.
O uso desta tecnologia contribui para que as seleções sejam mais justas, e baseadas nas reais qualificações de cada candidato, pois, permitem às empresas, entre outras coisas, processarem grandes volumes de informação para tomar decisões mais rápidas e assertivas. A Inteligência Artificial possui uma capacidade exploratória de dados extremamente poderosa, baseada apenas na análise dos currículos e sua produtividade garante que todo currículo recebido seja avaliado.
A aplicação de IA pode trazer resultados de alto impacto para os RHs. Quando aplicado especialmente à contratação pode ser um grande diferencial na estratégia das corporações.