Segundo pesquisa, 54% dos profissionais querem mudar de emprego em 2025. Mas será que a tecnologia pode mensurar a satisfação desses colaboradores e evitar suas saídas?
A retenção de talentos se tornou um dos principais desafios para as empresas brasileiras. Para se ter uma ideia, um levantamento da consultoria de recrutamento Robert Half constatou que 54% dos profissionais brasileiros pretendem mudar de emprego em 2025. Além disso, o país possui um dos índices mais altos de turnover do mundo, com uma taxa de 56%.
Nesse cenário, a digitalização da gestão de pessoas tem sido essencial para empresas que desejam reduzir a rotatividade de funcionários. Com ferramentas de IA e análise preditiva, é possível identificar padrões de comportamento dos colaboradores e antecipar possíveis insatisfações.
Sylvestre Mergulhão, CEO da Impulso, People Tech que há 14 anos atua no aumento da capacidade e produtividade de médias e grandes empresas, destaca que a tecnologia pode contribuir significativamente para evitar a perda de talentos.
“Ao proporcionar insights estratégicos para os gestores, monitorar em tempo real o nível de satisfação dos funcionários e utilizar IA para identificar riscos de desligamento antes que eles se concretizem, é possível melhorar o engajamento e fortalecer a cultura organizacional com interações mais eficazes”, comenta.
Estudos indicam que 75% das razões pelas quais um colaborador pede demissão estão relacionadas à gestão direta. Isso reforça a importância de um ambiente de trabalho saudável e de lideranças preparadas para ouvir e agir conforme as necessidades das equipes.
“A retenção de talentos vai muito além de benefícios e remuneração. Com a tecnologia, podemos entender o que motiva ou desmotiva um profissional e, dessa forma, auxiliar a empresa a adotar estratégias eficazes para reter talentos”, explica Mergulhão.
Outro ponto crucial para manter os colaboradores é fortalecer a cultura organizacional, especialmente no contexto do home office. Ações como alinhamento entre equipes, otimização da comunicação, criação de canais para ouvir os funcionários e fornecimento de feedbacks frequentes são exemplos de como a tecnologia pode apoiar esse processo.
Diante de um mercado de trabalho cada vez mais desafiador, investir em tecnologia deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade estratégica. Empresas que priorizam a experiência do colaborador e adotam ferramentas inteligentes para engajamento e satisfação da equipe tornam-se mais competitivas e preparadas para os desafios do futuro do trabalho.