Devido, em grande parte, à incorporação de novas ferramentas digitais e tecnológicas pelas empresas, os locais de trabalho estão evoluindo rapidamente. O principal motivo é a intenção de aumentar a produtividade, melhorar a qualidade do trabalho e a experiência dos colaboradores. Mas qual a real influência da tecnologia no desenvolvimento e no gerenciamento de talentos?
Segundo o relatório The Future of Work (o Futuro do Trabalho), publicado pela Ricoh, os trabalhadores acreditam que as empresas devem disseminar o uso da tecnologia como porta de entrada para uma mudança significativa no trabalho. Três em cada quatro entrevistados (74%) consideram que, à medida em que a automação de tarefas ganha terreno, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal fica mais evidente. Ou seja, a tecnologia tem o poder de libertar os profissionais das tarefas repetitivas para que, assim, possam se concentrar em atividades de maior valor para a carreira e desenvolvimento pessoal, também trazendo vantagens competitivas para a empresa.
O estudo também revelou que a maioria (61%) dos entrevistados está otimista em relação às oportunidades que a tecnologia trará para o local de trabalho, pois ela será fundamental para uma maior flexibilidade e colaboração no trabalho. Dessa forma, mais de três quartos dos entrevistados (77%) afirmam que não veem o avanço da tecnologia como um inimigo, pois acreditam que possuem as habilidades necessárias para manter e progredir em seu trabalho atual nos próximos dez anos.
No entanto, à medida em que as organizações implementam mais soluções tecnológicas no local de trabalho, como robótica e inteligência artificial, os empregadores têm a responsabilidade de garantir que os profissionais tenham as habilidades certas para progredir em suas carreiras. Nesse momento, quatro em cada cinco (81%) trabalhadores esperam que seu empregador lhes forneça ferramentas e treinamento para se adaptarem a novas funções. Além disso, embora a colaboração e a flexibilidade sejam essenciais para o local de trabalho do futuro, o relatório derruba o mito de que o escritório físico será uma coisa do passado. Apenas 28% dos trabalhadores dizem que escritórios físicos não devem existir nos próximos 10 anos e que todos vão trabalhar remotamente. Por outro lado, quase três quartos (74%) dos trabalhadores acreditam que o trabalho flexível, certamente, será incluído em contratos no futuro.
Mesmo com diferentes opiniões em relação ao trabalho no futuro, o estudo The future of work aponta a certeza de que a colaboração e a flexibilidade estarão no centro das operações. A promoção desses tipos de políticas será de grande importância para as empresas, ajudando a capacitar, motivar e, por fim, reter talentos.
Por Lorna Hernández, vice-presidente de Recursos Humanos da Ricoh América Latina, empresa global de tecnologia