Os RHs procuram hoje mais eficiência de processos, uma posição mais estratégica e alinhada com as lideranças
Uma tendência irreversível trazida pelas tecnologias emergentes e disruptivas é a transição do RH analógico para o digital, principalmente no que diz respeito à gestão de benefícios relacionados ao bem-estar e saúde dos colaboradores. O aporte tecnológico substitui as tradicionais ferramentas (planilhas, e-mails, carteirinhas, livretos médicos, faturas e reembolsos em papel) e reconfigura os processos operacionais com a aplicação de novas plataformas como smartphones, tablets, aplicativos, redes, sites customizados, geolocalização, entre outras.
Esta modernização proporciona diversas novas facilidades para o RH. Um exemplo são os aplicativos (apps), que já fazem parte da rotina de muitas empresas, e auxiliam no empoderamento dos colaboradores para que eles também sejam responsáveis na gestão de sua qualidade de vida e bem-estar. Tais inovações imprimem um novo ritmo em todas as esferas das organizações e mudam a dinâmica de comunicação desde presidência, RH e colaboradores, até de médicos, redes credenciadas, prestadores de serviços, entre outros públicos.
As tecnologias também convergem a gestão do RH para uma linguagem mais próxima do público jovem, os novos talentos que chegam nas empresas. Com isso, todas as estruturas organizacionais necessitam reinventar novas formas de transacionar métodos. E por trás de todas essas inovações também são necessárias robustas plataformas e sistemas para operacionalizar os processos.
Uma experiência interessante é a integração (Data Integration) de sistemas com os RHs, que traz mais agilidade nas decisões e um nível de assertividade muito maior, quando comparado com o uso de ferramentas tradicionais. O Data Integration permite a movimentação contínua de um fluxo maior de informações em tempo real, o gerenciamento seguro das mesmas e mitiga a exposição de dados.
É uma demanda cada vez maior porque os RHs procuram hoje mais eficiência de processos, uma posição mais estratégica, atuação mais próxima e alinhada com as lideranças das companhias, com foco no engajamento, controle de custos, além de maior aproveitamento de profissionais capacitados para os próximos passos das empresas. O próprio RH tem evoluído no sentido de buscar plataformas com alta performance.
O momento atual é de grandes transformações sociais. No Brasil, as revisões das regras trabalhistas e o e-social, são duas mudanças nas relações empresa e trabalhador que abrem novas fronteiras para um modelo mais digital na gestão dos recursos humanos.
Por Marcelo Borges, diretor da Mercer Marsh Benefícios™