O profissional de RH é considerado um elemento estratégico para as organizações, principalmente por cuidar do fator humano. A pandemia causada pelo novo coronavírus impactou a força de trabalho global trazendo algumas mudanças que exigiram adaptabilidade e aderência do setor a situações.
Olhando para as novas exigências do setor, Vandson Cunha, diretor da Bematize, listou abaixo algumas tendências que o profissional de RH deve ficar de olho se quiser se destacar e fazer carreira nas organizações.
Autosserviço
Segundo o especialista, devido a aceleração da digitalização do RH, que foi impulsionada pelo distanciamento social e o trabalho remoto, vai haver uma forte tendência daqui para a frente em ferramentas de RH voltadas para o auto serviço. “Haverá uma forte necessidade em transferir o protagonismo dos processos do departamento para os próprios funcionários”, afirma. Cunha.
Ele ainda complementa que haverá uma valorização da experiência desse funcionário junto a essas ferramentas. “A tendência é que elas foquem na jornada do colaborador e no seu acolhimento junto a empresa. A ideia é reforçar nesse momento de distanciamento social, a conectividade e o senso de pertencimento, passando a mensagem de preocupação e cuidado com os colaboradores”, explica.
Ferramentas digitais
Não cabe mais ao profissional de RH, resistir ao uso da tecnologia no departamento. Para Vandson, com a digitalização do departamento, esse profissional precisa estar cada vez mais conectado e com várias competências tecnológicas. “Esse é um desafio que não será tão difícil para as empresas, já que essa nova geração de profissionais ingressantes na área possui certa facilidade com a tecnologia. Mesmo aqueles com uma bagagem mais psicológica, já possuem esse viés em seu DNA”, complementa.
Softs Skills
Outra competência que tende a ser valorizada daqui para a frente, segundo o especialista, são as Softs Skills (habilidades comportamentais) específicas. “Por agora os conhecimentos técnicos deixam de ser valorizados e dão lugar a questões comportamentais como, empatia, trabalho colaborativo e engajamento social. Essas habilidades serão exigidas pelas empresas daqui para a frente”, finaliza.
Recursos Humanos mais humano do que nunca
Para Mariana Dias, da plataforma de empregos Gupy, o RH terá uma visão mais social nas organizações. No futuro, poderá utilizar ferramentas sociais para estimular comportamentos no desenvolvimento do negócio, fornecendo benefícios extras para os funcionários. Além disso, o departamento de RH, em especial os profissionais que trabalham com benefícios, deverão se esforçar frequentemente para entender e atender às necessidades de sua equipe, preocupando-se com o bem-estar de todos.
Para Ronn Gabay, especialista em benefícios, esses produtos já são perceptíveis a começar pelo cuidado com a saúde mental do colaborador, apesar de ainda não surgirem em alta demanda, eles podem se tornar indispensáveis na gestão de benefícios em qualquer empresa daqui para a frente.
“Ainda não há uma procura alta por benefícios desse tipo, mas estão surgindo produtos para estes fins. Como telemedicina, tele terapia e até mesmo aplicativos voltados para a saúde mental. Vejo como produtos que futuramente se tornarão essenciais no pacote de benefícios oferecido pelas empresas ao seu colaborador, que agora estará atento a forma como ela enxerga o cuidado com a sua saúde mental”, finaliza.