Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores
Pessoas felizes entregam mais. A constatação, que pode parecer óbvia em um primeiro momento, vem ganhando espaço como estratégia para apoiar os negócios. De acordo com um estudo da Gallup, empresas com funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais. Já uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores.
No mundo corporativo, a meta vai além da busca de uma cultura saudável. Partindo do princípio de que somos seres humanos integrais, precisamos, na vida pessoal e profissional, encontrar prazer e propósito para sermos felizes. E “propósito” é essencial no conceito de felicidade. Paul Dolan, professor de ciências comportamentais na London School of Economics e no Imperial College de Londres, afirma que “felicidade são experiências de prazer e propósito ao longo do tempo”. Aplicando o conceito às organizações, podemos concluir que, sim, o reconhecimento e o bônus são importantes, mas os sensos de realização, satisfação e de significado têm o mesmo peso nessa equação. No final do dia, não basta ter um bom salário — é preciso gostar do que faz e se sentir desafiado no trabalho cotidianamente.
Esse é um prazeroso desafio que vem provocando as áreas de gestão de pessoas. Um dos caminhos bem-sucedidos vai na linha de incluir a felicidade no planejamento estratégico de uma grande companhia. Outro pilar fundamental passa pela conscientização das lideranças, responsáveis por até 70% no engajamento dos funcionários com o negócio, ainda segundo o estudo da Gallup.
Se a pandemia ajudou diminuir com o tabu da questão da saúde mental, vamos levar a felicidade do conselho de administração para o chão da fábrica. A sociedade e os negócios agradecem.
Fernanda Câncio, Gerente de Desenvolvimento Organizacional da Supergasbras