Inclusão e suporte no ambiente corporativo para mães trabalhadoras
No cenário corporativo brasileiro, a presença feminina é predominante, representando mais de 54% da força de trabalho, conforme dados do IBGE. No entanto, a maternidade continua a ser um obstáculo significativo para muitas profissionais. Diversos estudos destacam que, apesar do progresso, as desigualdades persistem, especialmente em relação à responsabilidade do cuidado infantil que recai majoritariamente sobre as mulheres.
Pesquisas revelam que cerca de 2,5 milhões de mulheres no Brasil optam por não buscar emprego para dedicar-se exclusivamente aos cuidados com a família e o lar. Adicionalmente, um levantamento do portal Vagas.com indica que 70% das candidatas já foram indagadas sobre maternidade durante entrevistas de emprego. Mais alarmante ainda, um estudo de 2023 pelo portal Empregos.com.br mostra que 56,4% das mulheres foram demitidas ou conhecem alguém que foi após retornar da licença-maternidade.
Contrastando com a realidade nacional, países com políticas de gênero mais igualitárias e licenças parentais compartilhadas exibem uma integração melhor de gênero nos ambientes corporativos. Esta é uma questão complexa que demanda uma abordagem mais inclusiva e eficaz no Brasil.
Empresas brasileiras estão começando a reconhecer a necessidade de políticas mais acolhedoras para mães, incluindo a capacitação de lideranças e a oferta de suporte e benefícios específicos. Um exemplo positivo neste aspecto é o Grupo OLX, que incorpora a diversidade e a inclusão em seu núcleo operacional.
No Grupo OLX, colaboradoras gestantes recebem um Guia de Orientações de Licença Maternidade e contam com auxílio-creche até a criança atingir 60 meses, além de outros benefícios que incluem plano de saúde, vale-refeição e licença-maternidade estendida. A empresa também garante uma estabilidade de 120 dias após o retorno ao trabalho, além de manter todos os benefícios durante a licença.
A política de inclusão e suporte do Grupo OLX é reforçada por depoimentos de colaboradoras, como Katinka Sato, Coordenadora de Operações de Vendas, que destaca o apoio recebido durante sua gravidez e a flexibilidade de horário proporcionada pelo regime de trabalho remoto e híbrido da empresa.
Além disso, a empresa tem promovido uma cultura de equidade, superando metas do pacto global da ONU para equidade de gênero, com 32% de mulheres em posições de alta liderança, superando a meta de 30% para 2025.
Katinka também ressalta a importância do entendimento e do suporte mútuo entre gestores e colaboradores, enfatizando que a transparência e a comunicação são fundamentais para um ambiente de trabalho inclusivo e compreensivo.
Enquanto o Brasil avança lentamente em direção a uma maior equidade de gênero no trabalho, exemplos como o do Grupo OLX servem de modelo para outras empresas, mostrando que é possível conciliar maternidade e carreira com políticas adequadas e um ambiente corporativo solidário.