Pesquisa aponta crescimento das vagas presenciais em 2024 e indica desafios para modelos flexíveis.
O trabalho presencial segue predominando entre as pequenas e médias empresas (PMEs), enquanto os modelos híbrido e remoto sofrem retração, conforme revela um levantamento exclusivo da Sólides, HR Tech no Brasil na gestão de pessoas para PMEs. Os dados apontam que, ao longo de 2024, houve um crescimento de 2,1% nas contratações presenciais, ao mesmo tempo em que as vagas para trabalho remoto caíram 7,4%, e as oportunidades para o modelo híbrido apresentaram uma expressiva queda de 20,4%.
A pesquisa analisou mais de 35 mil empresas parceiras da Sólides e revelou que 89,7% das vagas abertas foram destinadas ao formato presencial, superando os 87,8% registrados em 2023. Enquanto isso, as contratações para trabalho híbrido corresponderam a 6% das oportunidades, uma redução em relação aos 7,6% do ano anterior. O trabalho remoto, por sua vez, registrou 4,2% das vagas, levemente abaixo dos 4,5% em 2023. No geral, os modelos flexíveis apresentaram uma queda proporcional de 15,6%, indicando uma tendência de volta ao ambiente presencial.
Para Ale Garcia, cofundador da Sólides, os dados refletem tanto a realidade das PMEs quanto o cenário econômico brasileiro: “As pequenas e médias empresas têm forte atuação local e muitas dependem de atividades que exigem interação presencial. Além disso, o atual contexto econômico aumentou a necessidade de proximidade com as equipes, o que pode justificar a crescente preferência pelo modelo presencial”.
PMEs e a realidade do mercado de trabalho
As PMEs desempenham um papel essencial na economia do país. Segundo o CAGED, essas empresas são responsáveis por mais de 70% das novas contratações no Brasil. Entretanto, mesmo reconhecendo a eficiência do trabalho remoto e do modelo híbrido em alguns segmentos, muitas companhias enfrentam desafios estruturais e culturais para adotá-los integralmente.
“A implementação do trabalho remoto exige investimentos em tecnologia e adaptações que nem todas as empresas conseguem realizar rapidamente. Já o modelo híbrido, que poderia ser um meio-termo, parece estar perdendo espaço devido à complexidade de gestão e coordenação que ele traz”, destaca Garcia.
O levantamento também aponta que, para 2025, as empresas deverão priorizar produtividade e controle direto, reflexo do atual momento de cautela econômica. Esse movimento mostra que, embora o trabalho flexível tenha sido um diferencial nos últimos anos, o mercado de PMEs está reavaliando suas estratégias para manter a eficiência operacional.
Tecnologia e o futuro do trabalho nas PMEs
Apesar da queda do trabalho remoto e híbrido, a transformação digital segue como um fator determinante para a evolução das PMEs. A modernização tecnológica pode abrir espaço para que modelos flexíveis voltem a ganhar força de forma mais estruturada e gradual.
Com ferramentas de gestão de pessoas e tecnologia aplicada ao RH disponíveis no mercado (Tec Login), as empresas podem aprimorar suas operações e proporcionar maior autonomia aos colaboradores. Da mesma forma, a integração de soluções inteligentes (Mundo RH) contribui para um ambiente de trabalho mais dinâmico e eficiente, independentemente do modelo adotado.
Para Ale Garcia, os modelos flexíveis ainda têm espaço no futuro, desde que acompanhados por uma modernização consistente das PMEs: “Com a digitalização crescente e novas soluções tecnológicas, híbrido e remoto podem voltar a ser tendências, mas de maneira mais estruturada e sustentável”.
O estudo da Sólides reforça que, enquanto a modernização avança, o trabalho presencial segue dominante, refletindo os desafios e necessidades atuais das pequenas e médias empresas no Brasil. Para acompanhar essa evolução e conhecer as principais soluções para gestão corporativa, acesse Mundo RH e Tec Login.