A busca por áreas amplas por empresas de diversos setores anima setor de imóveis corporativos no primeiro trimestre
A mais recente pesquisa do mercado de locação de escritórios, conduzida pelo Secovi-SP em colaboração com a CBRE, apresentou uma visão abrangente do cenário imobiliário corporativo na cidade de São Paulo, destacando crescimento nas locações no primeiro trimestre de 2024. Apesar de uma queda de 6,6% na absorção bruta em comparação com o mesmo período do ano anterior, observou-se um aumento significativo de 20% na absorção bruta da região “core” da capital paulista durante o mesmo período, refletindo uma tendência de consolidação do modelo híbrido de trabalho.
A movimentação também pôde ser observada pelos dados de trânsito da cidade. Levantamento realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP) mostra que os dias com maior congestionamento foram terças, quartas e quintas-feiras, reforçando a preferência das empresas pelo conceito de trabalho que ganhou força no último ano, conhecido como TQQ (terça, quarta e quinta). Os dados da CET indicaram que, em comparação com 2022, houve um aumento médio de 8,9% no trânsito às terças, 9% às quartas e 5,8% às quintas.
Segundo Tiago Alves, CEO do IWG – líder global e nacional em espaços de trabalho flexíveis como coworkings e escritórios, esta disparidade sugere uma concentração de atividade em áreas-chave da cidade, refletindo possíveis mudanças no comportamento do mercado que está tentando aumentar a frequência dos funcionários nos escritórios e estão buscando prédios de maior qualidade e com bom acesso ao centro.
“Diferentes fatores impulsionaram esse desempenho excepcional no mercado de locação de escritórios. Um dos principais impulsionadores foi o progresso significativo no retorno ao trabalho presencial, à medida que as empresas adaptam suas estratégias para o trabalho híbrido. No lugar de trabalhar no escritório uma vez por semana, algumas empresas estão adotando o TQQ. Além disso, observamos um movimento de “flight-to-value”, no qual as empresas buscam ocupar escritórios de qualidade, mas com valores mais competitivos”, avalia Tiago Alves, CEO do IWG.
Com um investimento anual de cerca de US$ 64 milhões em sua plataforma de tecnologia, o IWG oferece aos investidores parceiros acesso total à expertise da empresa, incluindo suporte de vendas, operação e marketing.
Além disso, para os clientes que frequentam a unidade, a marca proporciona uma base de custos significativamente mais baixa, com uma economia média de US$ 11.000 por funcionário.
As novas locações de escritórios em São Paulo atingiram um volume de 834 mil metros quadrados absorvidos nos últimos 12 meses, representando um avanço de 24,1% em relação ao período anterior. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela resiliência dos setores financeiro e saúde, que continuam entre os principais tomadores de espaços na cidade.
Esses dados refletem a contínua atratividade e dinamismo do mercado de escritórios em São Paulo. Com a retomada das atividades presenciais e a busca por espaços que ofereçam qualidade e valor agregado, a tendência de crescimento parece promissora para o futuro próximo. “É até possível também prever que essa tendência seja aplicada em outros Estados. Um exemplo é o aumento da demanda nos estados de Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso.