Muito se fala sobre ser inovador, disruptivo e sair da zona de conforto. Seja em relação às empresas, modelos de negócio, nossa vida profissional ou pessoal. E o que isso significa quando falamos de carreira?
Antes de responder vamos dar uma espiada no cenário que vivemos hoje. Uma pandemia que nos colocou no mesmo desafio de sobrevivência que inevitavelmente nos faz questionar nossas escolhas e o que faremos no futuro. Um convite para o novo. Nunca vivemos algo nesse proporção.
Quando pensamos em transição de carreira esse convite é muito parecido. Precisamos planejar para onde queremos ir, qual e que tipo de empresa queremos trabalhar e principalmente como será esse novo momento da vida profissional. Algo que possivelmente ainda não foi vivido profissionalmente.
Todos esses cenários pedem coragem, se arriscar e se abrir para o desconhecido. Se reinventar. Então deixo aqui para vocês algumas reflexões e aprendizados sobre essa analogia.
Nada é para sempre, mas a sua experiência e conhecimento ninguém vai tirar de você.
Se tudo muda por que você não pode mudar? O que fazia sentido antes pode não fazer mais. Algo que você gostava de ler ou estudar pode não prender mais a sua atenção. Mas tenha a certeza que todo esse conhecimento vai te servir em algum momento e estará com você para sempre.
Se conheça para conhecer o outro.
O papo de auto-conhecimento nunca vai envelhecer. Quando a gente se permite viver algo novo esse choque entre o seu eu e essa nova situação faz com que você preste atenção em coisas que já estavam no automático. Por que seu comportamento de antes já não vai trazer o mesmo resultado. Você precisará se observar e se reinventar.
Você não precisa ser para fazer.
Muitas vezes deixamos de realizar um job ou aplicar para uma vaga por medo de não ser formado ou experiente em algo. O segredo está em entender qual é o objetivo e quais são os seus skills que podem te levar a alcançá-los.
A inovação está nas diferenças.
Cada pessoa tem um histórico, uma aptidão e uma forma de ver o mesmo desafio. Todas podem chegar no mesmo resultado e não necessariamente será da mesma forma. É aí onde nasce a inovação. Quando você se permite ver como o outro faz algo que você já sabe fazer. No mínimo um insight vai nascer ali. É natural recorrermos ao que já sabemos por que é o lugar mais seguro. Mas aprenda a aprender que vai valer mais a pena.
A vontade muitas vezes vale mais que a experiência.
Um mantra que aprendi com uma das pessoas que me fez o convite para mudança e que me encorajou. Levo ele comigo por que sim faz todo sentido. De nada adianta ter muita experiência se você não está conectado com negócio com vontade de fazer dar certo. Se você tem vontade vai atrás do conhecimento. Vai ter sede de descobrir tudo que pode aprender para realizar.
Por fim, e não menos importante: se permita errar. Por que no final não existe erro. O que existe é as coisas não saírem conforme o planejado. E tudo bem. Você arriscou, experimentou, saiu da zona de conforto e aprendeu. Acredite mudar vicia.
No meio de tanta incerteza dos tempos de pandemia talvez um desses ingredientes te ajude e te encoraje a se abrir sem medo pelo novo e incerto que nos espera de portas abertas. Mas tenha certeza que você voltará melhor”. Por que afinal, não existe volta, só existe o novo e tudo tem a sua primeira vez.
Por Gabriela Telles, Gerente Global de Branding e Communications da Grin