Você já ouviu falar sobre o salário emocional? Hoje o salário não é mais composto apenas de remuneração econômica; o bem-estar dos colaboradores é cada vez mais posicionado como um aspecto que as empresas devem contemplar e zelar, por isso o salário emocional torna-se cada vez mais importante. De acordo com um estudo recente realizado pela Citrix em cinco países da América Latina, 100% dos brasileiros dos entrevistados consideram muito importante que a cultura da empresa se concentre no bem-estar físico e mental dos funcionários.
O foco no bem-estar não é novo, mas como muitos outros aspectos do trabalho no ano passado, sua evolução se acelerou. Até alguns anos atrás, o bem-estar no trabalho era visto apenas como um bom ambiente corporativo, oportunidades de crescimento e boa liderança. Depois passamos a adicionar outros benefícios, como lanches saudáveis, assinaturas de academia, almoços todos juntos e muito mais. Timidamente, o home office apareceu, e com isso a flexibilidade em benefício do bem-estar e do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Agora, alcançar esse equilíbrio está no centro do bem-estar e tem muito a ver sobre como podermos gerir melhor o tempo, com dias flexíveis definidos por objetivos e não por horários fixos. A tecnologia tem muito a contribuir nesse sentido, proporcionando a possibilidade de acessar todos os dados e aplicações de que precisamos para trabalhar de qualquer lugar e a qualquer hora. E isso vai além de um laptop e conexão com a internet. A ideia é ter a mesma experiência de trabalho que no escritório.
Se algum lugar se tornar “igual ao escritório” indo o tempo todo para o mesmo lugar físico, isso faz sentido? Na verdade, 69% dos entrevistados brasileiros acreditam que o futuro dos escritórios será híbrido, ou seja, o trabalho no escritório será combinado com o trabalho remoto. E o objetivo de ir ao escritório será o de criar com outras pessoas, colaborar e não ficar nove horas sentado em frente ao computador.
Mas à medida que mais tecnologias são incorporadas ao espaço de trabalho (algo que sem dúvida aconteceu em 2020) surge a necessidade de cuidar do bem-estar digita e a indefinição de qual seria a relação saudável que temos que ter com a tecnologia. Existem tecnologias, de fato, que removem ruídos e distrações, que ajudam a organizar o nosso dia e orientam as pessoas para que alcancem seus objetivos diários.
Elas são responsáveis até pela execução de pequenas ações repetitivas. Usando inteligência artificial e aprendizado de máquina, ferramentas podem “aprender” como cada funcionário trabalha e se adaptar para orientá-los de forma inteligente em relação a aplicações, dados e ferramentas que usam com frequência. Dessa forma, a tecnologia é posicionada como um facilitador e não como um obstáculo, e permite que os funcionários otimizem sua jornada de trabalho, alcançando a flexibilidade que desejam.
Ao longo dos anos, o departamento de Recursos Humanos foi quem executou as políticas de bem-estar. Mas é claro que, no futuro, o bem-estar só será alcançado com a sinergia de toda a organização. E, mais do que nunca, os departamentos de RH e de TI precisam trabalhar juntos para devolver às pessoas o controle sobre seu tempo, que é, em última análise, o recurso mais valioso que todos nós podemos ter.
Por Nancy Jimenez – gerente de Recursos Humanos da Citrix para América Latina & Caribe