De refeição a educação, passando por mobilidade e cultura: os multibenefícios ganham força como estratégia de engajamento no novo mundo do trabalho.
Já foi o tempo em que vale-refeição e vale-alimentação eram o auge dos benefícios corporativos. No mercado atual, quem quer conquistar e manter talentos precisa ir além. E é aí que entram os benefícios flexíveis, ou melhor, os multibenefícios — um cardápio completo que permite ao colaborador escolher o que realmente faz sentido para sua rotina, estilo de vida e momento de carreira.
Com categorias que vão de alimentação e mobilidade até cultura, home office e educação, os multibenefícios deixaram de ser uma “tendência cool” para se tornarem uma ferramenta estratégica de gestão de pessoas. Em um mundo onde bem-estar, autonomia e personalização são palavras-chave, oferecer esse tipo de flexibilidade virou um diferencial competitivo — tanto para atrair quanto para engajar.
A nova moeda do engajamento
A lógica é simples: pessoas diferentes, prioridades diferentes. Enquanto um colaborador que trabalha remotamente valoriza mais auxílio home office ou um benefício em plataformas de educação, outro que está em campo pode preferir mais saldo em mobilidade. E não tem certo ou errado — tem aderência.
O RH que entende isso, sai na frente.
Empresas que apostam em soluções multibenefícios estão vendo ganhos reais em engajamento, produtividade e retenção. Isso porque os profissionais se sentem mais respeitados, valorizados e livres para organizar sua jornada conforme suas próprias necessidades.
“O benefício flexível mostra que a empresa entende o colaborador como um indivíduo. É uma comunicação silenciosa de empatia e confiança”, diz Letícia Moraes, especialista em experiência do colaborador.
Um benefício, várias categorias
O leque de possibilidades oferecido pelos multibenefícios impressiona — e resolve. Veja algumas das categorias mais populares:
Refeição e alimentação: os clássicos continuam indispensáveis, mas agora com mais liberdade para escolha de onde e como gastar.
Mobilidade: seja no transporte público, combustível ou apps de transporte, o colaborador decide como se locomover.
Cultura: ingressos de cinema, shows, livros, teatro e até assinaturas de streaming entram na lista.
Home office: ajuda de custo para energia, internet ou materiais de escritório.
Educação: acesso a cursos, plataformas de aprendizado ou apoio para graduação e pós.
Tudo isso concentrado em uma única plataforma ou cartão multibenefícios, o que facilita a gestão por parte do RH e melhora a experiência para o colaborador.
Dados que provam o impacto
De acordo com um estudo recente da consultoria Great Place to Work, 78% dos profissionais brasileiros consideram os benefícios flexíveis um fator decisivo na hora de escolher ou permanecer em uma empresa. E mais: empresas que oferecem esse tipo de recurso têm, em média, 25% menos rotatividade.
A pesquisa também revelou que benefícios personalizados estão entre os três principais fatores de satisfação no trabalho, ao lado de bom clima organizacional e oportunidade de crescimento.
Benefício é mais do que obrigação: é conexão
O RH de 2025 sabe que engajamento não se compra com promessas genéricas. Ele se constrói com escolhas reais, autonomia e respeito às individualidades. Nesse cenário, os multibenefícios são uma das formas mais diretas e eficientes de criar essa conexão com o colaborador.
Empresas que oferecem benefícios alinhados com a vida dos seus talentos não apenas reduzem turnover — elas criam vínculos emocionais.
Em tempos de alta competitividade por talentos e múltiplas gerações no mesmo time, o RH estratégico é aquele que entende: vale-refeição é ótimo, mas vale escutar o que cada colaborador realmente precisa é melhor ainda.