Com os novos conhecimentos se espalhando em todas as direções, e em uma velocidade cada vez maior, é comum as pessoas e empresas valorizarem a procura constante por novos saberes, prática conhecida como lifelong learning
Colunista Mundo RH, Kelly Coelho é head de RH, Segurança do Trabalho e Facilities da SuperVia
Hoje, mais do que nunca, vivemos a era do aprendizado contínuo. Seja por novos temas ou novas abordagens em uma mesma área de interesse. Isso não é uma imposição corporativa, mas vem crescendo de forma individual, como uma nova forma de se enxergar como profissional. O lifelong learning privilegia o estudo que está além de graduações e cursos regulares. É a vontade de saber sobre tudo, buscar sem limites, sem imposições ou obrigação de ser um assunto ligado à formação acadêmica.
Qual a vantagem disso? Um ser plural em um mundo multifacetado. Um profissional assim tende a ser valorizado porque se mostra mais flexível, criativo, bem informado, curioso, aberto ao novo, ávido por aprender também novas funções e novos processos de trabalho.
Essa busca constante por conhecimento é individual, mas as empresas podem facilitar essa jornada. Entre as ações possíveis para estimular uma atitude lifelong learning nos colaboradores está a oferta de cursos na empresa, parcerias que garantam bolsas de estudo e até horários alternativos para quem está com dificuldades de realizar algum estudo.
Pode-se valorizar esses funcionários divulgando suas habilidades além da carreira. Isso se encaixa bem em lugares que possuem publicações da comunicação interna que costumam dar espaço para que todos conheçam melhor quem é quem dentro da companhia.
Os quatro pilares
Segundo o Institute for Lifelong Learning, da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), essa prática possui quatro pilares: aprender a conhecer ou aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a conviver; e aprender a ser. O aprendizado da vida toda impacta a pessoa em todos os campos em que ela está inserida, do mais pessoal ao profissional.
O primeiro pilar promove o desenvolvimento da capacidade de questionar e fazer perguntas para desenvolver o senso crítico e a curiosidade. Quando estamos atualizando nossa cultural geral, viajando ou participando de jogos, estamos exercitando a memória e o pensamento, ou seja, aprendendo a aprender.
Já colocar em prática o conhecimento adquirido é o segundo pilar: o aprender a fazer. Some-se a isso uma dose de criatividade. Algumas atuações dentro da empresa estão ligadas ao desenvolvimento desse pilar: o trabalho em equipe, o esforço pela resolução de conflitos e, ainda, a adaptação a novas situações.
Aprender a conviver, que é o terceiro pilar, é levar a habilidade de conviver e trabalhar com outras pessoas a um nível mais profundo, com mais empatia. Em uma construção profissional, a pessoa participa ativamente de projetos e convive bem com as divergências. Nesse pilar, a pessoa tem a chance de perceber que, ao observar o outro, ela aprenderá sobre ela mesma.
O quarto pilar, aprender a ser, é entender que o desenvolvimento pessoal e a curiosidade devem ser constantes. O aprendizado acontece de diversas formas: vivência, tentativas de criar saídas para situações adversas e por meio da observação e convivência com o outro.
Que as empresas estejam abertas às iniciativas desse desenvolvimento dos colaboradores nas habilidades intelectuais, interpessoais e tecnológicas!