O uso de tecnologias e os novos padrões de aprendizado representam desafios no Ensino Superior
Maior concorrência, trabalho por projeto, educação contínua e ambiente flexível. Estas são algumas das características do mercado de trabalho do futuro, segundo a consultoria Michael Page. Para se adaptar à nova realidade, as faculdades vêm modificando suas grades e investindo em inovação tecnológica e em treinamentos para habilidades interpessoais, as chamadas soft skills.
Na ESEG – Escola Superior de Engenharia e Gestão, o coaching acadêmico e profissional é oferecido para todos os alunos, desde o início do curso. A faculdade promove simulações de processos seletivos para testar as habilidades que serão requisitadas dos estudantes. Durante os eventos, são propostos exercícios como dinâmicas de grupo, resolução de cases e orientações para criar apresentações profissionais de destaque. Após as atividades, é fornecido um feedback individual para cada estudante.
“Nós temos várias atividades ao longo do semestre que contribuem para que o aluno desenvolva competências para o mercado profissional. Dentro do Simula ESEG, a ideia é que os alunos tenham exatamente o mesmo dia que teriam se eles fossem participar de um processo seletivo dentro das empresas”, diz Jaqueline Angelotti, orientadora profissional da faculdade.
Foco na Inovação
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 65% das profissões do futuro ainda não existem. Isso porque boa parte do surgimento de novas colocações está atrelado a tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, computação em nuvem, Big Data e robótica, que estão em desenvolvimento e expansão. Mais do que uma formação em um curso superior, será necessário que os futuros profissionais desenvolvam competências ligadas às novas tecnologias.
A Inteligência Artificial, por exemplo, abrirá a possibilidade de um aprendizado mais personalizado, já que permite que sistemas aprendam a partir do histórico de questionamentos dos alunos. “A Inteligência Artificial representa uma oportunidade para profissionais de diversos setores, em especial aqueles com conhecimento tanto em hardware, como em software”, diz Marcelo Dias, um dos coordenadores do curso de Engenharia de Computação da ESEG – Escola Superior de Engenharia e Gestão.
Engenharia: um mercado em ascensão
Robôs autônomos e capazes de aprender estão no cerne do conceito de Inteligência Artificial. Assim, tarefas rotineiras e repetitivas tendem a não mais precisar da interferência humana para acontecerem. Canteiros de obra e linhas de produção serão profundamente afetados com o avanço tecnológico. Por que, então, a engenharia segue sendo um mercado em ascensão?
A demanda por profissionais com base matemática forte e perfil analítico segue em alta, já que a gestão da modernização em fábricas e empresas de serviço passará por essas habilidades. Segundo o Fórum Econômico Mundial, resolução de problemas complexos, pensamento crítico e criatividade serão algumas das competências mais buscadas em 2020. A graduação na área de Engenharia prepara o estudante a desenvolver essas capacidades. “É importante que o aluno esteja disposto a pensar soluções diferentes, a sair da zona de conforto”, ressalta Marcelo Dias, especialista em otimização do desempenho acadêmico.
O engenheiro continua, portanto, essencial para diversos setores da economia. A capacidade de gerenciar pessoas, finanças e materiais eleva a produtividade e a rentabilidade das empresas e torna o profissional requisitado no mercado de trabalho.
As principais áreas de atuação, no entanto, tendem a mudar. A inovação estará no centro do crescimento do mercado nos próximos anos. Tecnologias como a impressão 3D irão alterar a maneira como os projetos são realizados e exigirá dos engenheiros novas competências técnicas. Dependendo do segmento da economia, os pré-requisitos podem ser mais globais ou mais específicos, mas a necessidade de dominar tecnologias será uma constante.
Para os graduados em Engenharia de Computação, o domínio dessas novas tecnologias é facilitado, já que o curso oferece disciplinas como Lógica Computacional, Programação Web e Inteligência Artificial. A grade do curso na ESEG – Escola Superior de Engenharia e Gestão favorece o trânsito entre áreas como robótica, automação industrial e telecomunicações. O profissional termina a graduação apto a atuar tanto com desenvolvimento de software, como de organização de hardware.
A média salarial para um engenheiro da computação, na função de desenvolvedor, em início de carreira pode chegar a R$ 5 mil, segundo a consultoria Michael Page. Conforme a carreira avança, é comum que os salários na área de Tecnologia da Informação cheguem a R$ 18 mil para cargos de gerência.
Games
Outra oportunidade para engenheiros e programadores é o mercado de games. Segundo a consultoria Newzoo, o Brasil ocupa a 13ª posição no ranking mundial, com 75 milhões de gamers. O aumento no número de empresas desenvolvedoras de jogos digitais no país foi de 600% nos últimos 8 anos. Até 2021, a tendência é que o setor siga em alta, com 16,6% de expansão ao ano.
O mercado de games é terreno propício para engenheiros, pois diversas funções como o desenvolvimento de hardwares, os sistemas embarcados para games e a linha produtiva dos consoles envolvem conhecimentos específicos da formação na área.
Empreendedorismo
Mais do que o plano de carreira dentro de uma empresa, a área abre oportunidades também para quem deseja empreender. O número de startups, empresas baseadas em um modelo de negócios repetível e escalável, mais que dobrou nos últimos 6 anos, segundo a Associação Brasileira de Startups. Segundo a ABStartups, 72% das empresas com esse perfil são comandadas por jovens entre 25 e 40 anos de idade. Os segmentos de maior destaque são educação, agronegócio, finanças, internet e propaganda.
Um curso superior, embora não seja pré-requisito, pode oferecer vantagens para quem deseja empreender. A faculdade ajuda o jovem a entender o mercado e especializar o conhecimento em áreas importantes como finanças, gestão estratégica e marketing. No curso de Administração da ESEG, a disciplina de Empreendedorismo tem foco na inovação e os alunos aprendem como atuar em empresas de diversos segmentos e portes.
“O empreendedorismo deve ser incentivado no Ensino Superior, tanto nas disciplinas quanto em laboratórios e atividades práticas”, afirma Silvia Boarin, coordenadora do curso de Administração da ESEG.