Aproveitar as chances que se nos apresentam é escolha pessoal e chave para o sucesso
Em nossa cultura, a ambição econômica, assim como a audácia e a coragem, tem sido características atribuídas à identidade masculina e, por esse motivo, muitos entendem ser “masculina” a mulher arrojada e “vencedor” um homem destemido.
Os dezoito anos de pesquisa sobre a inteligência, a liderança e o business ao feminino, me leva a concordar que a psique da mulher não tem alguma diferença em relação à inteligência que se apresenta vestida de homem no que diz respeito à substância do conhecimento e da experiência.
Encontra-se na obra A feminilidade como sexo, poder e graça, que a psique em si possui uma forma universal, agindo porém segundo o modo do lugar onde se faz existente. Concluindo-se que: “a música é a mesma, pode-se tocá-la com o violino ou com o violão, ainda que existam discrepâncias técnicas dos instrumentos”.
Passo a passo convém então que nós, mulheres e meninas, aprendamos a usar a nossa inteligência para o crescimento e felicidade de nós mesmas, tornando-nos úteis desse modo também para o crescimento dos nossos colaboradores.
A obra Psicologia empresarial e refere que no ato de delegar está presente a necessidade do empresário-líder que seus colaboradores cresçam para garantir o primado de sua própria organização. É um fato de economia, pois embora não busque ser substituído, agrada ao líder ver o seu projeto expandir-se através de tantas mãos que ampliam o espaço da sua ação.
Em uma empresa não estamos sós, somos parte de um time.
Trazendo o exemplo do filme O Diabo Veste Prada, citado na obra Cinelogia ontopsicológica, observamos que ao trabalhar em uma organização devemos nos assegurar de possuir a capacidade técnica objetiva daquela tarefa para a qual nos apresentamos. Ainda, nos empenharmos em prestar um serviço útil àquele líder, motivadas por uma ambição pessoal nossa, com o escopo de aprender, obter remuneração e galgar postos mais elevados em movimento de contínua inteligência.
O Diabo Veste Prada evidencia que para uma jovem ambiciosa e capaz, participar do time de uma empresa de ponta significa a ocasião de colocar as mãos sobre o arado, a chance de apresentar uma performance de superioridade e competência, ampliando a própria capacidade de saber fazer.
A um certo momento porém, no referido filme, a jovem Andy olhou para trás e desistiu de continuar crescendo. Aproveitar as chances que se nos apresentam é escolha pessoal e chave para o sucesso.
Por Alice Schuch – doutora, escritora, palestrante e pesquisadora do universo feminino