De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup em 2017, colaboradores muito engajados ajudam a melhorar indicadores como satisfação do cliente. Segundo o estudo, funcionários engajados têm um volume de vendas 20% maior do que os que não se identificam com a empresa. Colaboradores que não atuam diretamente com vendas também fazem a diferença quando engajados: a pesquisa revelou que o desempenho destes é 147% maior do que o dos não engajados.
A construção de ambiente corporativos que estimulem e valorizem a felicidade e a satisfação dos colaboradores é um trabalho que não tem fim. Isso porque as motivações das pessoas mudam ao longo dos anos e as ações de gestão de pessoas precisam acompanhar também este movimento. “Ouvir os colaboradores, acompanhar de perto o desenvolvimento de cada um, desestimular fofocas, promover integração entre o time e entender cada perfil, pode ser um bom começo”, comenta Bruno Soares, CEO e Co Founder da Feedz — startup de Florianópolis (SC) que desenvolve uma plataforma para gestão ágil e estratégica de pessoas.
Respeito e protagonismo desde o primeiro dia
Na Cheesecake Labs, empresa de desenvolvimento de aplicativos web e mobile, a preocupação em criar um ambiente de trabalho agradável inicia assim que o/a Caker se torna colaborador/a. Após a aprovação no processo seletivo, o/a novo/a integrante da equipe estabelece em conjunto com a mentoria os primeiros passos do plano de carreira. Desta forma, são fortalecidas a transparência e a confiança, contribuindo para que todos/as se sintam protagonistas. Dentro deste princípio, o respeito à diversidade está entre um dos principais pilares da gestão de pessoas. “Já no primeiro dia perguntamos qual nome social da/o Caker para que seja respeitada sua identificação”, completa Caroline Schmitz, diretora de gestão de pessoas da Cheesecake Labs.
Para manter os colaboradores/as motivados/as ao longo da carreira, a empresa incentiva o compartilhamento de experiências para que cada um perceba que está contribuindo para o crescimento dos demais. Além disso, disponibiliza diversos canais para feedback dos colaboradores/as. Por meio de suas ações inovadoras, a Cheesecake Labs ganhou, entre 2016 e 2019, seis reconhecimentos do Great Place to Work e está no ranking das 10 melhores empresas em tecnologia para trabalhar do Brasil.
Cultura organizacional forte
A Involves, desenvolvedora de soluções para gestão de trade marketing, começou a desenvolver sua cultura organizacional desde a fundação da empresa. “Nunca é cedo demais para se pensar em cultura, começando pela escolha de quem serão os seus sócios”, afirma André Krummenauer, CEO da Involves. Para André, é preciso ter certeza do alinhamento de valores tanto entre os sócios, quanto depois, para contratação de novos colaboradores. “Queremos crescer e conquistar novos horizontes, mas isso só é possível com um time bem alinhado e satisfeito. Cultura é nosso ativo mais precioso, por isso, nos preocupamos muito com a qualidade de vida dos Involvidos — como são chamados os colaboradores da empresa — dentro e fora do escritório”, finaliza André. Exemplo disso é o cargo de Analista de Experiência e Cultura, atribuído a uma colaboradora da empresa, e os guardiões de cultura, integrantes de times diferentes que fazem com que a cultura seja mantida em toda a organização. A Involves, hoje com 230 colaboradores, foi eleita em 2016, 2017 e 2018 como a melhor empresa para se trabalhar em Santa Catarina no ranking GPTW, mostrando como a manutenção de uma cultura organizacional forte surte efeitos positivos para a empresa.
Chope e descontração
Além do happy hour mensal, a Supero, empresa catarinense de tecnologia, realiza o Workchopp, evento interno para discutir algum tema técnico apresentado pelos próprios profissionais, acompanhado de chope. A empresa realiza o evento fora do horário comercial, buscando maior integração com os profissionais que atuam nos projetos na base dos clientes e fortalecendo os valores de trabalho em equipe. O evento ocorre em média a cada dois meses e existe desde 2015. Já teve mais de 35 edições e mais de 300 litros de chope. “É uma forma simples de trocar conhecimento, integrar o time, tanto interno como externo, além de tornar o ambiente mais descontraído e feliz”, reforça a coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) da Supero, Bárbara Daniel Vieira. O resultado dessa ação, em conjunto com outros benefícios da empresa, é uma equipe engajada. Prova disso é o índice de retenção de talentos da Supero, que é de 96% em 2019.”